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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Olhando para a mudança – uma lista de desejos para os direitos humanos em 2013

Regiões África, Ásia e Pacífico, Europa e Ásia Central , Américas
País Estados Unidos Da América
Campanhas Abolição da pena de morte , Controle de Armas, Exija Dignidade, Justiça Internacional , Segurança com Direitos Humanos















Olhando para a mudança – uma lista de desejos para os direitos humanos em 2013
No ativismo de direitos humanos, como na vida, um ano novo traz desafios e oportunidades para mudança.
Na medida em que 2013 começa, as equipes, membros e apoiadores da Anistia Internacional ao redor do mundo prepararam-se para outro ano de empenho em campanhas de direitos humanos.
Campanhas globais estão em curso para implementar mudanças de longo alcance de direitos humanos – conquistar um Tratado de Comércio de Armas à prova de balas, levar adiante a marcha para abolir a pena de morte e demandar dignidade para a população pobre mundial, atingida de modo desproporcional por abusos de direitos humanos.
Mas a organização também espera obter impactos nos direitos humanos numa ampla gama de outras questões nos níveis local e regional em diversos países.
Perguntamos a alguns colegas da equipe do Secretariado Internacional do movimento, em Londres, quais suas esperanças para mudanças positivas neste ano. Aqui está uma amostra das muitas situações às quais estamos atentos:
“Ao redor do mundo, esperamos que governos e órgãos da ONU implementem ações firmes em 2013 para assegurar que os direitos humanos sejam protegidos de modo que todos possam usufruir sua dignidade e liberdade. Precisamos acabar com as condenações e os silêncios seletivos.” Salil Shetty, Secretário-Geral da Anistia Internacional.
Philip Luther, Diretor do Programa do Oriente Médio e Norte da África, falou sobre a Síria, onde a brutal repressão estatal de manifestações pacíficas deflagrou um conflito armado interno entre forças do governo e da oposição – segundo a ONU, matando mais de 60 mil pessoas desde fevereiro de 2011:
“Esperamos que em 2013 vejamos o fim – assim que possível – da alarmante inabilidade do Conselho de Segurança da ONU em agir de forma decisiva diante do crescente número de grandes abusos de direitos humanos, crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Síria. Encaminhar a situação no país para o Tribunal Penal Internacional enviaria uma forte mensagem de que aqueles que cometem essas violações serão levados à justiça. Ao mesmo tempo, todos os países com influência sobre as partes do conflito – como aqueles que lhes fornecem armas – devem pressionar para que parem os ataques indiscriminados a áreas civis e que se preparem para prevenir as represálias mortais que têm sido ameaçadas para quando a luta termine.”
Paule Rigaud, Vice-Diretora do Programa da África, apontou para esperanças de que os civis serão melhor protegidos nos conflitos no continente:
“Em países africanos nos quais conflitos armados colocaram civis em risco – incluindo a República Democrática do Congo e o Mali – gostaríamos de ver as forças de segurança levando a sério a responsabilidade em proteger os civis, e recusando-se a cometer violações de direitos humanos ao confrontar grupos armados ou ameaças terroristas. Ao mesmo tempo, os grupos armados devem interromper ataques contra civis.”
Javier Zúñiga, Assessor Especial da Anistia Internacional, disse isso sobre sua reunião com o novo presidente da República Dominicana, no fim de 2012:
“Este é o momento para que a República Dominicana reforme de verdade sua polícia para conter os índices crescentes de homicídio e tortura nas quais ela está envolvida – o novo presidente reconheceu a necessidade de reforma, e agora a vontade política deve se traduzir em mudanças concretas para todos os dominicanos em 2013.”
“Esperamos que a recente indignação pública pelo atentado contra uma jovem estudante no Paquistão e a morte de uma mulher que sofreu estupro coletivo na Índia transformem-se em mudanças reais para mulheres e meninas no Sul da Ásia, que enfrentam violência disseminada em suas vidas cotidianas.” Catherine Baber, Vice-Diretora do Programa Ásia-Pacífico.
“Nossa esperança é que os Estados mundo afora garantam que a lei lide de maneira efetiva com a violência e discriminação baseadas em gênero, incluindo a violência que tem por alvo mulheres por causa de sua religião, etnia, casta ou outra identidade. A lei deve ser usada para proteger, e não para prejudicar, pessoas que buscam exercer seus direitos sem fazer mal a outras. Defensores de direitos humanos, particularmente aqueles que estão em campanha por direitos das mulheres, direitos sexuais e reprodutivos e direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros, são maiores alvos da discriminação, assédio e violência.” Stephanie Schlitt, pesquisadora e assessora sobre políticas públicas de gênero.
“Gostaria de ver legisladores, juízes e funcionários do governo implementarem medidas positivas e decididas para fazer valer a igualdade diante da lei e rejeitar a discriminação onde quer que ela ocorra. Seria ótimo, por exemplo, ver líderes africanos condenarem ataques homofóbicos e vetarem propostas de legislação que têm por alvo gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros. Também gostaria que 2013 terminasse com uma forte decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos derrubando a “Lei de Defesa do Casamento” e afirmando a igualdade no casamento civil.” Michael Bochenek, Diretor de Direito e Políticas Públicas.
“Em 2013 esperamos que os países europeus e a União Europeia como um todo combatam a discriminação no continente. Em particular, a UE deve desafiar de modo efetivo políticas e práticas discriminatórias contra ciganos e outras minorias, em educação e habitação. Esperamos que a Comissão Europeia comece a usar suas ferramentas para assegurar o cumprimento das leis anti-discriminatórias pelos Estados membros”, Marek Marczynski, Vice-Diretor do Programa para Europa e Ásia Central.
“Continuaremos a testemunhar governos que escolhem colocar na prissão e assediar pessoas que falam contra a repressão. Mas para cada Pussy Riot ou Liu Xiaobo, espero que em 2013 vejamos milhares de pessoas agindo para que a injustiça não seja ignorada.”, Emily Nevins, Diretora do Programa de Campanhas.
“Esperamos que em 2013 os governos cumprirão para valer sua obrigação em implementar educação e treinamento em direitos humanos para todos – em linha com a Declaração da ONU sobre Educação e Treinamento em Direitos Humanos, adotada há um ano. Uma das maiores barreiras à implementação dos direitos humanos é a falta de consciência e respeito por eles. A educação em direitos humanos dá poder aos indivíduos para que usufruam e defendam os direitos dos outros – enquanto ao mesmo tempo faz com que aqueles os violem prestem contas. Junto com campanhas, trabalho de advocacy e de pesquisa, a educação em direitos humanos é uma abordagem crucial da Anistia Internacional e de outros na comunidade global de direitos humanos, para obter mudanças em 2013.”, Sneh Aurora, Gererente de Educação em Direitos Humanos Internacionais.


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