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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Turquia: um ano após os bombardeios de Uludere/Qileban, nem verdade, nem justiça

Região Europa e Ásia Central
País Turquia
Campanha Segurança com Direitos Humanos


















A Anistia Internacional está extremamente preocupada que um ano após o bombardeio do distrito de Uludere/Qileban na província de Pýmak por um avião de guerra turco, a verdade ainda não tenha sido estabelecida.
Uma investigação parlamentar foi iniciado pelo Comitê de Inquérito sobre Direitos Humanos em janeiro de 2012, com a tarefa de elucidar o acidente. De acordo os relatos da mídia, o Comitê teve negado o acesso aos documentos-chave do Exército. Em todo caso, o presidente da investigação declarou em diversas ocasiões que sua missão não seria determinar a responsabilidade individual pela decisão de realizar o bombardeio. A Anistia Internacional está preocupada porque a publicação do relatório do comitê foi repetidamente adiada e reuniões recentemente agendadas foram canceladas.
Falhas significativas na investigação criminal já foram destacadas por organizações turcas de direitos humanos e pela União Europeia em seu relatório anual sobre a Turquia, publicado em outubro de 2012. Não houve investigação no local do crime, as testemunhas não foram ouvidas e nenhum oficial militar foi interrogado até meses depois do incidente. Até o momento nenhuma acusação formal foi apresentada e toda a investigação tem sido conduzida em segredo, com até mesmo parentes das vítimas tendo negada informação extra sobre o progresso e descobertas do inquérito.
Embora as famílias das 34 pessoas que morreram tenham recebido compensação pelas mortes, mas a deixaram de lado até que descubram a verdade e vejam a justiça ser feita.
A Anistia Internacional convoca o comitê sobre Uludere a concluir sua investigação e publicar seus resultados assim que possível, e insta as autoridades turcas a garantir que uma investigação completa, imparcial e efetiva do incidente seja concluída sem atraso. Todos aqueles identificados como responsáveis pelas mortes devem ser levados a julgamento, de acordo com as obrigações da Turquia diante do direito internacional humanitário.
Antecedentes
No dia 28 de dezembro de 2011, um avião de guerra turco bombardeou a área próxima ao vilarejo de Roboski/Ortasu no distrito de Uludere/Qileban, da província de Pýmak. Trinta e quatro civis, incluindo 18 crianças, foram mortos no bombardeio. Testemunhas relataram ter visto soldados do Exército bloqueando a passagem dos moradores, mantendo-os no local onde ocorreu o ataque. As declarações iniciais do governo era que as autoridades acreditavam que eles eram combatentes do grupo curdo PKK, no entanto os soldados conheciam bem as atividades de contrabando dos camponeses.
Em janeiro, o Comitê parlamentar começou a investigar o incidente. Em abril, o chefe do Estado-Maior declarou que não divulgaria os documentos por que a investigação era secreta, e que agiu de acordo com as regras no que diz respeito ao incidente.
Em setembro, o presidente da investigação sobre Uludere disse que ele exporia que um erro havia sido cometido, mas que identificar os responsáveis era da competência do Judiciário.
Em outubro, o relatório anual da UE sobre a Turquia, como parte do processo de ingresso do país no bloco regional, afirmou que “34 civis foram mortos em Uludere pelas Forças Armadas da Turquia no dia 28 de dezembro). As autoridades impediram que um grupo de ONGs visitasse o local do ataque (....) Há preocupações sobre a transparência e efetividade das investigações. Alegações de falhas nas informações e negligência operacional não foram esclarecidas. No fim de fevereiro, o promotor de Pýmak enviou o processo de Uludere para o promotor de Diyarbakýr, observando que o incidente não cai dentro de sua competência. Não houve pedido de desculpas, seja dos militares, seja das autoridades civis; e não foram atendidas demandas por uma investigação rápida e efetiva, e por um inquérito público transparente.”
Em novembro, o presidente da investigação afirmou que o relatório sobre suas descobertas seria lançado em dezembro. Até agora, o texto não ficou pronto. Uma investigação separada pelo promotor de Diyarbakýr tampouco foi concluída até agora


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