sexta-feira, 8 de janeiro de 2016
Vice-chefe do UNAIDS destaca papel do Brasil no combate ao HIV
Em entrevista à Rádio ONU em
português, o vice-diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas
sobre HIV/AIDS, Luiz Loures, destacou o papel inovador do Brasil no combate à
epidemia e apostou na liderança do país como exemplo para a comunidade internacional.
O fim da epidemia de Aids nos
próximos 15 anos é uma das metas da nova Agenda 2030 de Desenvolvimento
Sustentável, que foi adotada por todos os Estados-membros da ONU em setembro e
entrou em vigor em 1º de janeiro de 2016.
Em entrevista à Rádio ONU, de
Genebra, o vice-diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre
HIV/AIDS (UNAIDS), Luiz Loures, destacou o papel do Brasil no combate à doença.
“O Brasil foi o primeiro país
entre os países em desenvolvimento, os países do Sul, a tratar a epidemia,
propor uma resposta integral, uma resposta baseada em direitos humanos e acesso
universal à ciência para todos que necessitavam. Esse papel que o Brasil teve
historicamente nos permitiu avançar e hoje ter uma perspectiva global de chegar
ao fim da epidemia. O que nós esperamos? Que o Brasil vai seguir à frente, vai
seguir inovando, inovação é fundamental para que avancemos, e vai seguir com
seu papel de liderança na comunidade internacional.”
Loures afirmou ainda esperar
que o Brasil “continue tendo a presença que sempre teve do ponto de vista
internacional”, mencionando “liderança política” e a importância da mobilização
de recursos e da sociedade.
O Vice-chefe do UNAIDS também
ressaltou as expectativas para o novo ano.
“O ano de 2016 é o começo da
jornada para chegar ao fim da epidemia, 2016 com 16 milhões de pessoas em
tratamento e temos que chegar a 30 milhões até 2020. Sem dúvida, estamos
construindo no progresso, no conhecimento, na ciência e na mobilização mas temos
que acelerar e acreditar que podemos chegar ao fim da epidemia. É um ano
crucial.”
Loures destacou ainda que a
Assembleia Geral das Nações Unidas está convocando uma reunião de alto nível
para se “restabelecer novos compromissos” que, segundo ele, “vão, sem dúvida,
levar ao fim da epidemia” da Aids.