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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Agências da ONU alertam para acesso desigual a serviços de HIV

Em pronunciamento no Dia Mundial contra a AIDS, observado em 1º de dezembro, o chefe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Achim Steiner, alertou que, das 36,7 milhões de pessoas vivendo com HIV, 15,8 milhões ainda não têm acesso ao tratamento antirretroviral. Também por ocasião da data, a diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, lembrou que, a cada quatro minutos, três mulheres jovens são infectadas com HIV.
Pacientes recebem terapia antirretroviral no Quênia. Foto: Observatório Africano de Saúde/OMS
Em pronunciamento no Dia Mundial contra a AIDS, observado em 1º de dezembro, o chefe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Achim Steiner, alertou que, das 36,7 milhões de pessoas vivendo com HIV, 15,8 milhões ainda não têm acesso ao tratamento antirretroviral. Também por ocasião da data, a diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, lembrou que, a cada quatro minutos, três mulheres jovens são infectadas com HIV.
Steiner defendeu que serviços de saúde básicos e de qualidade sejam “financeiramente viáveis e acessíveis para todos”. “Infelizmente, profundas desigualdades persistem no acesso aos cuidados de saúde”, criticou.
“Todas e todos têm o direito de tomar decisões fundamentadas sobre sua saúde, de ser tratados com dignidade, respeito e sem discriminação e de ter acesso aos serviços necessários para aproveitar o melhor padrão possível de saúde.”
O administrador do PNUD acrescentou que, para erradicar o HIV e a AIDS como ameaça de saúde pública até 2030, o atendimento médico necessário precisará ser disponibilizado para mais pessoas. O objetivo está previsto na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Steiner lembrou o lema das metas globais das Nações Unidas — “não deixar ninguém para trás” — como diretriz para guiar os esforços pelo fim da epidemia.
“A promessa de não deixar ninguém remete diretamente às muitas lições aprendidas com o HIV e é um compromisso dos países para enfrentar as desigualdades e a marginalização que impedem as pessoas de realizar todo o seu potencial”, enfatizou o chefe da agência da ONU. Steiner também chamou atenção para “a importância de abordar o contexto mais amplo de vulnerabilidade e desigualdades”, com políticas e medidas para mitigar o estigma e a discriminação. Iniciativas são elementos “fundamentais de uma resposta efetiva ao HIV”.
Phumzile ressaltou que as disparidades entre homens e mulheres tornam o público feminino mais suscetível à infecção pelo HIV e suas consequências. “Em todas as comunidades e países, os desequilíbrios nas relações de poder, as normas sociais que promovem o confinamento e a prevalência da violência e a discriminação baseada no gênero estão causando grandes lacunas na prevenção do HIV para as mulheres e meninas, bem como no tratamento”, disse.
A diretora-executiva defendeu o empoderamento feminino como caminho para a efetivação do direito à saúde. “A voz e o ativismo das mulheres jovens são especialmente importantes quando consideramos que as mulheres jovens constituem 74% das novas infecções entre pessoas de 15 e 19 anos de idade no Leste da África e 91% das novas infecções no Sul da África.”
Para a chefe do organismo das Nações Unidas, o cenário é preocupante principalmente quando considerada a situação de grupos marginalizados, como as mulheres com deficiência, profissionais do sexo, mulheres que injetam drogas e mulheres na prisão. Para esses segmentos, o estigma é ainda mais alto, o que agrava “a dificuldade de acesso a cuidados médicos, especialmente quando há mais de um motivo de discriminação”.

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