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segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Cobertura universal de saúde é essencial para crescimento econômico, diz chefe da ONU no Japão

Em visita oficial ao Japão, António Guterres ressaltou que a saúde é um direito de todos e um motor para o desenvolvimento econômico, expressando a prontidão da ONU em ajudar os países a alcançar a cobertura de saúde para todas as pessoas. “Assim como a paz não é simplesmente a ausência de conflito, a saúde não é apenas a ausência de doença.”
Agente de saúde vacinando uma criança na Índia. Foto: UNICEF/Pietrasik
O secretário-geral da ONU, António Guterres, parabenizou nesta quinta-feira (14) o anúncio do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, de destinar 2,9 bilhões de dólares para financiar programas de saúde em países em desenvolvimento.
Guterres participou do Fórum de Cobertura Universal de Saúde 2017, que aconteceu nesta semana em Tóquio, no Japão.
O chefe da ONU reconheceu o Japão como um dos primeiros países a demonstrar o poder de uma cobertura abrangente de saúde, alcançando-o em 1961 e impulsionando o crescimento econômico para as décadas que se seguiram.
Ele ressaltou que a saúde é um direito de todos e um motor para o desenvolvimento econômico, expressando também a prontidão da ONU em ajudar os países a alcançar a cobertura de saúde para todas as pessoas.
“Nosso objetivo deve ser proteger e promover o bem-estar físico e mental para todos. A saúde é tanto um resultado como um motor de progresso”, disse o secretário-geral.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, discursa no Fórum de Cobertura Universal de Saúde 2017, em Tóquio. Foto: ONU/Curtis Christophersen
“É o centro da nossa visão de um futuro mais sustentável, inclusivo e próspero […] Quando investimos em saúde – particularmente de mulheres e adolescentes – construímos sociedades mais inclusivas e resilientes”, acrescentou.
Em setembro de 2018 completam-se 40 anos da Declaração de Alma Ata, que definiu o objetivo de alcançar a saúde para todos.
O chefe da ONU lembrou ainda que os investimentos direcionados nas últimas décadas levaram a grandes progressos em vários desafios nesta área.
“Mais mulheres têm acesso à contracepção moderna. Os níveis de vacinação aumentaram. Mais pessoas vivendo com HIV têm acesso a antirretrovirais. Mais pessoas em risco de malária estão dormindo sob mosquiteiros tratados com inseticida. E o fim de doenças como a poliomielite está próximo”, afirmou.
No entanto, grandes desigualdades continuam a deixar pessoas em situação de vulnerabilidade. Para muitos, a saúde é inacessível, cara demais ou simplesmente indisponível. As despesas particulares na saúde resultaram em 100 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza todos os anos.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, se encontra com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. Foto: ONU /Curtis Christophersen
Além disso, surgiram novas ameaças, como a resistência antimicrobiana, os impactos das mudanças climáticas e a propagação de doenças não transmissíveis. Guterres frisou que tudo isso exigirá sistemas de saúde mais integrados, capazes de responder de forma eficaz e justa às necessidades de suas comunidades.
“É claro que não existe uma solução de tamanho único. Cada país deve seguir seu próprio caminho para uma cobertura universal de saúde”, disse ele, prometendo apoio da ONU a esse respeito.
“Assim como a paz não é simplesmente a ausência de conflito, a saúde não é apenas a ausência de doença. Nosso objetivo não é apenas um auxílio com curativos ou uma única dose de remédio, mesmo que sejam importantes. Nosso objetivo deve ser o bem-estar geral, física e mentalmente para todos, em todos os países”, concluiu.
O secretário-geral convocará uma reunião de alto-nível da Assembleia Geral sobre cobertura universal de saúde em 2019.

Encontro com o primeiro-ministro

Depois de um diálogo com o primeiro-ministro japonês, o secretário-geral destacou, em uma coletiva de imprensa, a liderança do Japão em segurança humana, que, segundo ele, reflete sua própria prioridade em prevenção e desenvolvimento sustentável.
No que diz respeito à situação na península da Coreia, o secretário-geral ressaltou a necessidade de uma aplicação integral das resoluções do Conselho de Segurança pela Coreia do Norte e por todos os outros países.
Ele pediu a unidade do órgão de 15 membros com o objetivo de desnuclearizar a península coreana, bem como a necessidade de permitir a possibilidade do engajamento diplomático para alcançar pacificamente esse objetivo.
“O pior que pode acontecer para nós é entrarmos em uma guerra que pode ter circunstâncias muito dramáticas”, disse ele.
O secretário-geral também apresentou uma palestra intitulada “Desafios globais: o papel da segurança humana”, na Universidade de Sophia, citando a ameaça nuclear, o movimento migratório de pessoas, o aumento das desigualdades e outros desafios que o mundo enfrenta hoje.
As soluções para esses desafios, disse o secretário-geral, têm de ter compaixão e serem racionais e baseadas em interesses próprios esclarecidos, com forte ênfase na prevenção. Ele acrescentou, no entanto, que os investimentos em prevenção, infelizmente, não são suficientes.
Ele conheceu cerca de 40 alunos de universidades japonesas ligadas à iniciativa ‘Impacto Acadêmico’ da ONU.
No início da manhã, Guterres também se encontrou com o presidente da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), Shinichi Kitaoka, agradecendo a cooperação do organismo com a ONU.

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