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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Países se comprometem a pôr fim a poluição do ar, da água e da terra após cúpula em Nairóbi

Os países se comprometeram nesta quarta-feira (6) a pôr fim à poluição do ar, da terra e da água, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de bilhões de pessoas globalmente. O compromisso foi feito no encerramento da Assembleia da ONU para o Meio Ambiente, realizada esta semana em Nairóbi, no Quênia.
“Hoje colocamos a luta contra a poluição no topo da agenda política global”, disse Erik Solheim, diretor-executivo da ONU Meio Ambiente. “Temos uma longa luta à nossa frente, mas a cúpula mostrou que há um apetite real por mudanças positivas e significativas”.
Os países se comprometeram nesta quarta-feira (6) a pôr fim à poluição do ar, da terra e da água, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de bilhões de pessoas globalmente. O compromisso foi feito no encerramento da Assembleia da ONU para o Meio Ambiente, realizada esta semana em Nairóbi, no Quênia.
Se todas as promessas feitas durante a cúpula forem atendidas, 1,49 bilhão de pessoas a mais respirarão ar puro, 480 mil quilômetros (ou cerca de 30%) das costas litorâneas serão limpas e 18,6 bilhões de dólares serão investidos em pesquisa e desenvolvimento e em programas inovadores para acabar com a poluição.
“A ciência que vimos nesta assembleia mostra que fomos muito ruins ao cuidar do nosso planeta e que temos pouquíssimo espaço para cometer mais erros”, afirmou Edgar Gutiérrez, ministro do Meio Ambiente e Energia da Costa Rica e presidente da Assembleia da ONU para o Meio Ambiente de 2017. “Com as promessas feitas aqui, estamos enviando uma poderosa mensagem de que vamos ouvir a ciência, mudar a maneira como consumimos e produzimos, e enfrentaremos a poluição mundial em todas as suas formas”.
Mais de 4 mil pessoas, entre chefes de Estado, ministros, líderes empresariais, funcionários das Nações Unidas, representantes da sociedade civil, ativistas e celebridades se reuniram no encontro em Nairóbi, que durou três dias.
Pela primeira vez em uma Assembleia Ambiental da ONU, os ministros do meio ambiente emitiram uma declaração. O documento afirma que as nações honrarão esforços para prevenir, mitigar e gerir a poluição do ar, da terra e solo, da água doce e dos oceanos – que prejudica a nossa saúde, a da sociedade, dos ecossistemas, das economias e a segurança.
A declaração final elaborada pelos ministros prevê aumentar a pesquisa e o desenvolvimento voltados para o combate à poluição por meio de ações personalizadas, mobilizando as sociedades para estilos de vida sustentáveis ​​com base em uma economia circular, promovendo incentivos fiscais para transformar mercados e impulsionar mudanças positivas, fortalecendo e aplicando leis sobre poluição, e muito mais.
A assembleia também aprovou 13 resoluções não-vinculantes e três decisões. Entre elas, houve iniciativas para lidar com lixo marinho e microplásticos, prevenir e reduzir a poluição do ar, eliminar o envenenamento proveniente do chumbo de tintas e baterias, proteger os ecossistemas aquáticos da poluição, lidar com a poluição do solo e gerenciar a poluição em áreas atingidas por conflitos e terrorismo.
“Hoje colocamos a luta contra a poluição no topo da agenda política global”, disse Erik Solheim, diretor-executivo da ONU Meio Ambiente. “Temos uma longa luta à nossa frente, mas a cúpula mostrou que há um apetite real por mudanças positivas e significativas”.
“Todavia, isso não é apenas sobre a ONU e os governos. O apoio maciço que vimos da sociedade civil, das empresas e de indivíduos – com milhões de compromissos para acabar com a poluição – mostra que este é um desafio global, com um desejo global de ganhar esta batalha juntos.”
Grande parte do impacto da assembleia vem do suporte internacional. A campanha #AcabeComAPoluição, da ONU Meio Ambiente, atingiu quase 2,5 milhões de compromissos durante o evento, com 88 mil compromissos pessoais de ação.
Além disso, Chile, Omã, África do Sul e Sri Lanka se juntaram à campanha #MaresLimpos durante a cúpula de Nairóbi, com o Sri Lanka prometendo implementar uma proibição de produtos plásticos de uso único a partir de 1º de janeiro de 2018, intensificar a separação e reciclagem de resíduos e definir o objetivo de libertar o oceano e as costas da poluição até 2030. Agora, 39 países fazem parte da campanha.
Colômbia, Cingapura, Bulgária, Hungria e Mongólia se juntaram a 100 cidades que já estavam na campanha #BreatheLife, que tem como objetivo combater a poluição do ar. Cada signatário se comprometeu a reduzir a poluição do ar para níveis seguros até 2030, com Cingapura prometendo reduzir os padrões de emissão e de combustível para veículos, e os parâmetros de emissões para a indústria.
O impulso global não chega cedo demais, como demonstra o relatório do diretor-executivo da ONU Meio Ambiente, denominado “Rumo a um planeta sem poluição“.
Em geral, a degradação ambiental causa uma em cada quatro mortes no mundo, o mesmo que 12,6 milhões de pessoas por ano, bem como a destruição generalizada de ecossistemas-chave. E a poluição do ar é o maior assassino ambiental, responsável pela morte de 6,5 milhões todos os anos.
A exposição ao chumbo utilizado em tintas causa danos cerebrais a 600 mil crianças anualmente. Nossos mares já contêm 500 “zonas mortas” com quantidade insuficiente de oxigênio para suportar a vida marinha. Mais de 80% das águas residuais do mundo são liberadas no meio ambiente sem tratamento, envenenando os campos onde cultivamos nossos alimentos e os lagos e rios que fornecem água potável a 300 milhões de pessoas.
Existe também um enorme custo econômico. Um relatório recente da Comissão Lancet sobre Poluição e Saúde diz que as perdas de bem-estar relacionadas à poluição são estimadas em mais de 4,6 trilhões de dólares ao ano, o equivalente a 6,2% da produção econômica global.
“Tivemos duas missões nesta Assembleia”, disse Ibrahim Thiaw, diretor-executivo adjunto da ONU Meio Ambiente. “A primeira (concordar com a ação) já foi realizada. A segunda, devemos começar amanhã.”
A próxima Assembleia da ONU para o Meio Ambiente será realizada daqui dois anos. O presidente da próxima Assembleia será o Ministro do Meio Ambiente da Estônia, Siim Kiisler, que foi nomeado no final da reunião.

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