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segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Críticas à situação econômica no Irã são ‘preocupações legítimas da população’, diz representante da ONU

Em reunião do Conselho de Segurança, o secretário-geral assistente da ONU para Assuntos Políticos, Tayé-Brook Zerihoun, afirmou que as Nações Unidas continuam monitorando as manifestações contra o governo do Irã, apesar do aparente apaziguamento das tensões. Desde 28 de dezembro de 2017, protestos levaram às ruas milhares de iranianos que alertaram para dificuldades econômicas no país. Zerihoun descreveu essas críticas como “preocupações legítimas” da população.
Secretário-geral assistente da ONU para Assuntos Políticos, Tayé-Brook Zerihoun na plenária do Conselho de Segurança. Foto: ONU/Eskinder Debebe
Em reunião do Conselho de Segurança, o secretário-geral assistente da ONU para Assuntos Políticos, Tayé-Brook Zerihoun, afirmou que as Nações Unidas continuam monitorando as manifestações contra o governo do Irã, apesar do aparente apaziguamento das tensões. Desde 28 de dezembro de 2017, protestos levaram às ruas milhares de iranianos que alertaram para dificuldades econômicas no país. Zerihoun descreveu essas críticas como “preocupações legítimas” da população.
O representante do chefe da ONU lembrou o Conselho que, ao final de dezembro, centenas de cidadãos reuniram-se de maneira amplamente pacífica em Mashhad, a segunda maior cidade iraniana, para se manifestar contra a atual situação da economia. Protesto desencadeou onda de mobilizações em outras partes da nação.
“Segundo noticiado pela mídia iraniana oficial, mais de 20 iranianos, incluindo um adolescente e um policial, morreram durante os protestos”, disse Zerihoun. De acordo com o Ministério do Interior, mais de mil manifestantes foram detidos. Muitos desses já teriam sido liberados.
Protestos ocorreram em centros urbanos, como a capital Teerã, e também em zonas rurais. Algumas das reivindicações também expressavam insatisfação com a mudança lenta ou limitada de restrições sociais e liberdades políticas. O informe de Zerihoun ao Conselho de Segurança acrescenta que parte das manifestações criticou o que participantes veem como uma posição privilegiada do clero e integrantes das forças de segurança do país.
“Conforme as manifestações se intensificaram, algumas se tornaram violentas”, completou Zerihoun, que explicou que a ONU tem uma presença bastante limitada no Irã e, por conta disso, não pôde nem confirmar nem negar o grau de violência.
“O Secretariado continuará a dialogar com as autoridades iranianas com vistas a lidar, como frisou o secretário-geral em seu pronunciamento do 3 de janeiro, com as preocupações legítimas da população através de meios pacíficos e a evitar violência ou retribuição contra manifestantes pacíficos”, afirmou o assistente de António Guterres.
Em 31 de dezembro de 2017, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, afirmou em reunião de seu gabinete que a população iraniana deve ter “espaço” para protestar e criticar o governo. Todavia, o dirigente enfatizou que a violência não seria tolerada.
Em 2 de janeiro, o aiatolá Khamenei acusou os inimigos do Irã — sem nomeá-los — de incitar a instabilidade. No dia seguinte, o representante permanente do Irã junto à ONU escreveu ao secretário-geral do organismo internacional. Na correspondência, o diplomata acusou os Estados Unidos de aumentar “seus atos de intervenção de maneira grotesca nos assuntos domésticos do Irã, sob o pretexto de dar apoio a protestos esporádicos”.
Também em 3 de janeiro, a Guarda Revolucionária iraniana declarou o fim dos protestos anti-governo. Relatos indicam que manifestações contra as autoridades têm ocorrido, mas de modo mais disperso e em proporção reduzida. Desde o anúncio da Guarda até 5 de janeiro, foram registrados amplos comícios pró-governo em todo o país, com manifestantes exprimindo apoio ao líder aiatolá e condenando a violência.
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