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sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Mali ‘corre contra o tempo’ para combater violência e realizar eleições, diz ONU

O alerta é do chefe de operações de paz das Nações Unidas, Jean-Pierre Lacroix. País deverá realizar eleições presidenciais em seis meses. Além dos problemas de segurança, população também enfrenta escassez de alimentos.
Jean-Pierre Lacroix, chefe de operações de paz da ONU, em pronunciamento no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Foto: ONU/Eskinder Debebe
O Mali está “correndo contra o tempo” para combater a violência armada e garantir a estabilidade necessária à realização de suas eleições presidenciais, previstas para daqui a seis meses. O alerta é do chefe de operações de paz das Nações Unidas, Jean-Pierre Lacroix, que cobrou nesta semana (23) uma revisão das atribuições e dos resultados da missão da ONU no país. Além dos problemas de segurança, população também enfrenta escassez de alimentos.
“Pensando no futuro, a região central do Mali deverá provavelmente exigir uma atenção prolongada e se tornar uma questão proeminente nos esforços de paz e reconciliação”, alertou o dirigente em pronunciamento no Conselho de Segurança. Lacroix lembrou que a área de Mopti, na porção central do país, registra o número mais alto de ataques terroristas.
A situação humanitária também está se deteriorando por toda a nação africana — profissionais de assistência estimam que 4,1 milhões de maleses, ou 22% da população, possivelmente enfrentarão insegurança alimentar em 2018. A taxa poderá chegar a 30 e 40% entre habitantes do norte e do centro do país.
Na avaliação de Lacroix, “a meta agora deve ser criar as condições propícias para as eleições e, olhando adiante, para o processo de paz”.
A Missão de Paz da ONU no Mali (MINUSMA) foi criada em 2013 após um levante de grupos armados que fragilizou as instituições e colocou em risco a população. Posteriormente, um acordo de paz foi selado entre as partes conflitantes, mas hostilidades continuam.
“Cinco anos após o estabelecimento da missão e dois anos e meio após a assinatura do acordo de paz, acreditamos que chegou a hora de reavaliar os postulados que fundamentam a presença da MINUSMA, de revisar as principais tarefas de seu mandato avaliando suas conquistas concretas e de reexaminar a configuração da missão através de uma análise estratégica abrangente”, afirmou Lacroix.
Anteriormente, o Conselho de Segurança havia solicitado à missão a elaboração de um plano que transferiria algumas de suas funções para o conjunto de outras instituições da ONU no país. Para Lacroix, medida deve ser baseada nas conclusões das avaliações a serem realizadas.
Apesar dos desafios persistentes, a MINUSMA tem cumprido seu mandato sobretudo no que tange à proteção de civis, defendeu Lacroix. Mesmo com a falta de recursos, incluindo de helicópteros, a missão mantém uma presença robusta no Mali. Desde o início de 2018, oficiais servindo sob a bandeira da ONU defenderam instalações em Kidal de três ataques e contornaram uma emboscada em Mopti. A missão também foi atacada três vezes com explosivos improvisados.
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