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sábado, 13 de janeiro de 2018

ONU condena comentários ‘vergonhosos e racistas’ de Donald Trump sobre países africanos, Haiti e El Salvador

O Escritório do Alto Comissariado da ONU sobre Direitos Humanos (ACNUDH) criticou duramente os últimos comentários do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que em reunião com parlamentares norte-americanos na quinta-feira (11), teria descrito o Haiti, El Salvador e os países africanos como “países de merda”.
“Esses são comentários chocantes e vergonhosos do presidente dos Estados Unidos. Perdoem-me, mas não há outra palavra que possa ser usada senão racista”, criticou o porta-voz do ACNUDH, Rupert Colville, em coletiva de imprensa em Genebra, nesta sexta-feira (12).
Representante afirmou que declarações de Trump validam e encorajam a xenofobia, indo contra valores universais.
O Escritório do Alto Comissariado da ONU sobre Direitos Humanos (ACNUDH) criticou duramente os últimos comentários do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que em reunião com parlamentares norte-americanos na quinta-feira (11), teria descrito o Haiti, El Salvador e os países africanos como “países de merda”. Declaração foi feita em reunião na Casa Branca sobre um pacto de migração que garantiria proteções especiais a indivíduos dessas nações.
“Esses são comentários chocantes e vergonhosos do presidente dos Estados Unidos. Perdoem-me, mas não há outra palavra que possa ser usada senão racista. Você não pode desprezar países e continentes inteiros como ‘países de merda’, cujas populações todas — que não são brancas — não são, portanto, bem-vindas”, criticou o porta-voz do ACNUDH, Rupert Colville, em coletiva de imprensa em Genebra, nesta sexta-feira (12).
Segundo a imprensa internacional, durante a reunião na Casa Branca, Trump teria questionado por que os Estados Unidos tinham de receber pessoas desses países e não de nações, por exemplo, como a Noruega.
“O comentário positivo sobre a Noruega torna muito claro o sentimento subjacente (às opiniões de Trump). Assim como os comentários anteriores que difamavam mexicanos e muçulmanos, as propostas de políticas visando grupos inteiros com base em nacionalidade ou religião e a relutância em condenar claramente os atos antissemitas e racistas dos supremacistas brancos em Charlottesville, tudo isso vai contra os valores universais que o mundo tem se empenhado tão arduamente para estabelecer desde a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto”, acrescentou Colville.
O porta-voz disse ainda que “nesse caso, não se trata apenas de uma linguagem vulgar, trata-se de dar mais espaço para o pior lado da humanidade”. “Trata-se de validar e encorajar o racismo e a xenofobia, os quais potencialmente abalarão e destruirão as vidas de muitas pessoas. Talvez essa seja a consequência mais danosa e perigosa desse tipo de comentário (feito) por uma importante figura política”, completou o representante do Escritório de Direitos Humanos.
Colville lembrou o posicionamento do alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, que durante discurso no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, havia pedido ao Congresso norte-americano soluções legais duradouras para os chamados “Sonhadores”.
Os Dreamers, na expressão em inglês, são os imigrantes irregulares sob proteção do programa DACA, criado pelo governo estadunidense em 2012 para garantir sua permanência temporária. A medida busca promover os direitos dos estrangeiros que chegaram ilegalmente ao país quando ainda eram crianças, dando-lhes autorização para estudar e trabalhar. O governo Trump havia anunciado anteriormente sua intenção de acabar com o programa.
“O futuro dos Sonhadores não deve ser usado como barganha para negociar as medidas de imigração e segurança mais severas e restritivas possíveis. Esses são seres humanos, não commodities”, disse Colville.
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