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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Crise de refugiados do Sudão do Sul deve se tornar a maior do mundo este ano, alerta ONU

O alto-comissário da ONU para refugiados, Filippo Grandi, e o coordenador de ajuda de emergência, Mark Lowcock, lançaram na quinta-feira (1) um apelo para arrecadar 1,5 bilhão de dólares para ajudar refugiados forçados a deixar a grave situação humanitária no Sudão do Sul, e 1,7 bilhão de dólares para atender as necessidades da população do país.
Com o conflito chegando a seu quinto ano, aproximadamente 2,5 milhões de sul-sudaneses foram forçados a deixar o país em direção a cinco nações vizinhas — Uganda, Quênia, Sudão, Etiópia, República Democrática do Congo e República Centro-Africana. O conflito e a insegurança já forçaram uma em cada três pessoas a se deslocar – seja dentro do Sudão do Sul ou para além de suas fronteiras. Dentro do país, 7 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária.
Refugiados recém-chegados do Sudão do Sul contam ao chefe do ACNUR, Filippo Grandi, e ao chefe humanitário da ONU, Mark Lowcock, as razões de sua fuga. Foto: ACNUR/Georgina Goodwin
O alto-comissário da ONU para refugiados, Filippo Grandi, e o coordenador de ajuda de emergência, Mark Lowcock, lançaram na quinta-feira (1) um apelo para arrecadar 1,5 bilhão de dólares para ajudar refugiados forçados a deixar a grave situação humanitária no Sudão do Sul, e 1,7 bilhão de dólares para atender as necessidades da população do país.
Com o conflito chegando a seu quinto ano, aproximadamente 2,5 milhões de sul-sudaneses foram forçados a deixar o país em direção a cinco nações vizinhas — Uganda, Quênia, Sudão, Etiópia, República Democrática do Congo e República Centro-Africana. O conflito e a insegurança já forçaram uma em cada três pessoas a se deslocar — seja dentro do Sudão do Sul ou para além de suas fronteiras. Dentro do país, 7 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária.
A previsão é de que o número de deslocados ultrapasse 3 milhões até o final deste ano, tornando a crise de refugiados do Sudão do Sul a maior do mundo desde o genocídio de Ruanda, em 1994.
“O custo humano do conflito do Sudão do Sul atingiu proporções épicas”, disse Grandi. “Se a guerra não terminar, o número de refugiados subirá de 2,5 milhões para 3 milhões em 2018. O conflito está afetando as pessoas do Sudão do Sul que deveriam ser o maior recurso de uma jovem nação. Eles deveriam estar construindo o país, não sendo forçados a deixá-lo. Enquanto o povo do Sudão do Sul espera pela paz, o mundo deve ajudar”.
Uganda, país que mais acolhe refugiados sul-sudaneses, com mais de 1 milhão no país, deverá abrigar outros 250 mil este ano. No Sudão, o número de refugiados deve exceder a marca de 1 milhão.
Aproximadamente 90% dos deslocados internos são mulheres e crianças e cerca de 65% têm menos de 18 anos. As mulheres denunciaram casos de estupro e outras formas de violência, assassinato de seus maridos e desaparecimento de crianças durante suas travessias.
Mesmo diante desse cenário, o financiamento para a crise de refugiados do Sudão do Sul permanece desanimadoramente baixo, com apenas 33% dos fundos solicitados.
As necessidades humanitárias no Sudão do Sul continuam a aumentar em um nível alarmante. Quase 7 milhões de pessoas, incluindo 2 milhões de deslocados internos, permanecem com necessidade urgente de assistência e proteção. Muitos estão sob o risco de desnutrição. Crianças estão incapazes de irem à escola ou de receber assistência médica adequada e, geralmente, estão sem abrigos.
O plano de resposta humanitária para 2017 foi 73% financiado, permitindo que as Nações Unidas e seus parceiros ajudassem 5,4 milhões de pessoas.
“O conflito no Sudão do Sul chegou a um nível brutal e mortal. Milhões foram forçados a deixar o país com medo pelas suas vidas. Agora eles precisam de nosso apoio”, disse Mark Lowcock, enquanto visitava o campo de Kakuma, no Quênia.
Citando a abordagem perspicaz adotada pelas autoridades quenianas para apoiar os refugiados, ele acrescentou: “é do interesse de todos continuar a oferecer apoios generosos e contínuos às pessoas afetadas pela crise dentro e fora do país”.
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