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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Em Genebra, chefe das Nações Unidas pede novo impulso para livrar mundo das armas nucleares

Alertando que as armas nucleares representam “riscos catastróficos” para a vida humana e o meio ambiente, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu que a comunidade internacional promova um impulso revigorante para livrar o mundo dessas armas.
Segundo o chefe da ONU, é necessário um foco no impacto das armas convencionais sobre os civis, bem como sobre o vínculo entre o desarmamento e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável – em particular os recursos perdidos para gastos militares excessivos, recursos estes que poderiam ter sido usados para estimular atividades de desenvolvimento.
Encontro de alto nível da Conferência sobre o Desarmamento no Palácio das Nações, em Genebra. Foto: ONU / Elma Okic
“Os países persistem na ideia equivocada de que as armas nucleares tornam o mundo mais seguro”, disse o secretário-geral, na segunda-feira (26), na Conferência das Nações Unidas sobre o Desarmamento, em Genebra, na Suíça.
“No nível global, devemos trabalhar juntos para forjar um novo impulso na eliminação de armas nucleares”, afirmou. “Os perigos das armas nucleares são muito claros. Eles representam um risco catastrófico para a vida humana e para o meio ambiente.”
Delineando uma nova iniciativa para dar maior ímpeto e direção à agenda global de desarmamento, Guterres disse que o mundo deve responder aos perigos da acumulação e proliferação de armas e reforçar a necessidade de integrar o desarmamento nos esforços das Nações Unidas em matéria de diplomacia preventiva e construção da paz.
Segundo ele, é necessário um foco no impacto das armas convencionais sobre os civis, bem como sobre o vínculo entre o desarmamento e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável – em particular os recursos perdidos para gastos militares excessivos, recursos estes que poderiam ter sido usados para estimular atividades de desenvolvimento.
“A minha iniciativa procurará oferecer uma nova perspectiva sobre as prioridades tradicionais; e uma visão clara para o futuro; e também ações práticas e implementáveis”, disse ele, observando que, embora os desafios sejam enormes, “a história mostra que foi possível chegar a um acordo sobre o desarmamento e o controle de armas mesmo nos momentos mais difíceis”.
O chefe da ONU também elogiou a negociação entre EUA e Rússia no âmbito do Novo Tratado ‘START’ – o Tratado de Redução de Armas Estratégicas – e pediu que as “iniciativas corajosas” promovidas pela Coreia do Sul durante os recentes Jogos Olímpicos de Pyeongchang sejam traduzidas em melhorias duradouras, com base no objetivo central da desnuclearização da península coreana e da paz sustentável na região.
“Devemos trabalhar em conjunto para o nosso objetivo comum: um mundo livre de armas nucleares”, ressaltou o secretário-geral.
O presidente da Assembleia Geral, Miroslav Lajčák, destacou que a Conferência sobre o Desarmamento – criada em 1979, mas cuja última decisão foi em 1996 – permanece tão crítica como sempre, já que a demanda por desarmamento só aumentou.
“A Conferência sobre o Desarmamento está paralisada desde o acordo sobre o Tratado de Proibição Completa dos Testes, há mais de duas décadas”, afirmou.
“Temos que abordar esta realidade […] a Conferência é o principal fórum mundial de multilateralismo sobre desarmamento. Deve produzir estruturas e políticas globais. Isso deve conduzir discussões e decisões, em todo o mundo. Deve ser a voz mais alta”, ressaltou.
A Conferência sobre o Desarmamento, estabelecida como o único fórum multilateral de negociação do desarmamento da comunidade internacional, não é formalmente um órgão da ONU, mas reporta anualmente – ou quando há novas informações – à Assembleia Geral da ONU.
Atualmente, o órgão centrado no consenso centra-se principalmente nas seguintes questões: fim da corrida armamentista nuclear e desarmamento nuclear; prevenção da guerra nuclear, incluindo todos os assuntos relacionados; prevenção de uma corrida armamentista no espaço sideral; e acordos internacionais efetivos para assegurar aos Estados sem armas nucleares o não uso ou ameaça de uso de armas nucleares.
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