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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

ONU não vai tolerar assédio sexual na organização, diz António Guterres

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que as Nações Unidas não tolerarão o assédio sexual “a qualquer tempo e em qualquer lugar” dentro da organização.
Segundo Guterres, o assédio sexual está enraizado nos desequilíbrios de poder históricos entre homens e mulheres. O chefe da ONU disse que tem plena consciência da cultura machista que permeia os governos, o setor privado, as organizações internacionais e mesmo áreas da sociedade civil.
Uma das medidas das Nações Unidas já foi colocada em prática: pela primeira vez na história, as mulheres são maioria nos cargos de direção do Secretariado da ONU.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse na última sexta-feira (2) que as Nações Unidas não tolerarão o assédio sexual “a qualquer tempo e em qualquer lugar” dentro da organização.
Ele convocou a imprensa para apresentar um plano de cinco pontos para garantir a igualdade em toda a Organização, afirmando ser a iniciativa essencial para enfrentar o desafio de tal comportamento.
“Reafirmo o meu compromisso total com a política de tolerância zero da ONU sobre assédio sexual”, disse Guterres à imprensa na sede da organização em Nova York.
Ele observou que, tal como o abuso e a violência sexual, o assédio sexual está enraizado nos desequilíbrios de poder históricos entre homens e mulheres. O chefe da ONU disse que tem plena consciência da cultura machista que permeia os governos, o setor privado, as organizações internacionais e mesmo áreas da sociedade civil.
“Isso cria obstáculos para a manutenção de políticas de tolerância zero sobre assédio sexual, inclusive aqui nas Nações Unidas. Estou decidido a remover [esses obstáculos]”, disse ele.
Como a igualdade de direitos e representação são tão importantes neste tema, Guterres lançou uma estratégia de paridade de gênero na ONU e, pela primeira vez em sua história, o mesmo número de mulheres ocupa cargos de alto nível em relação aos homens no Secretariado da ONU. “Na verdade, é um pouco maior. Atualmente temos 23 mulheres e 21 homens”, acrescentou Guterres.
“Este é um começo”, sublinhou, pedindo a igualdade em todos os níveis e delineando alguns passos concretos para enfrentar o assédio sexual. O plano inclui levar todas as denúncias a sério – do passado e do presente – e garantir que todas as funcionárias e funcionários afetadas(os) saibam o que fazer e onde pedir apoio.
Ele disse que um novo canal de ajuda para funcionários do Secretariado que procuram conselho confidencial estará operacional até meados de fevereiro.
Guterres também estabeleceu uma força-tarefa de líderes de todo o Sistema das Nações Unidas para intensificar os esforços para enfrentar o assédio e impulsionar o apoio às vítimas, incluindo o treinamento obrigatório de pessoal nesta questão.
Ele também fortaleceu a proteção para denunciantes e lembrou os funcionários de seu dever de combater o assédio sexual e apoiar as pessoas afetadas.
Uma pesquisa entre funcionários do Secretariado será realizado em breve para fornecer melhores informações sobre prevalência e dados.
“Neste esforço e além, minha mensagem é simples: não toleraremos o assédio sexual a qualquer hora, em qualquer lugar”, disse. “E continuaremos a mudar a dinâmica e colocar maior poder nas mãos das mulheres para prevenir e acabar com o assédio sexual e todo abuso de poder na ONU.”

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