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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

UNICEF pede US$ 3,6 bi para apoiar 48 milhões de crianças em crises humanitárias

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançou na terça-feria (30) um apelo para arrecadar 3,6 bilhões de dólares com o objetivo de fornecer este ano ajuda humanitária vital para 48 milhões de crianças que vivem em situações de conflitos, desastres naturais e outras emergências em 51 países.
Um bebê é examinado com suspeita de desnutrição no hospital Al-Jomhouri, apoiado pelo UNICEF em Sa’ada, no Iêmen. Foto: UNICEF / Maad Al-Zekri
Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançou na terça-feria (30) um apelo para arrecadar 3,6 bilhões de dólares com o objetivo de fornecer este ano ajuda humanitária vital para 48 milhões de crianças que vivem em situações de conflitos, desastres naturais e outras emergências em 51 países.
Em todo o mundo, conflitos violentos estão elevando as necessidades humanitárias a níveis críticos, deixando as crianças especialmente vulneráveis. Os conflitos que duram anos – como em Iêmen, Iraque, Nigéria, República Democrática do Congo, Síria e Sudão do Sul, entre outros – continuam cada vez mais complexos, trazendo novas ondas de violência, deslocamentos e rupturas na vida das crianças.
“Meninas e meninos não podem esperar pelo fim das guerras, com crises que ameaçam a sobrevivência imediata e o futuro no longo prazo de crianças e jovens em uma escala catastrófica”, disse o diretor global de Programas de Emergência do UNICEF, Manuel Fontaine.
“As crianças são as mais vulneráveis quando conflitos ou desastres provocam o colapso de serviços essenciais, como saúde, água e saneamento. A menos que a comunidade internacional tome medidas urgentes para proteger e prestar assistência vital a essas crianças, elas encaram um futuro cada vez mais sombrio.”
As partes em conflito estão mostrando um flagrante desrespeito pela vida das crianças. Elas não estão apenas sob ataque direto, como também estão sendo privadas de serviços básicos, à medida que escolas, hospitais e infraestruturas civis são danificados ou destruídos. Aproximadamente 84% (3,015 bilhões de dólares) do apelo de financiamento de 2018 será destinado ao trabalho em países afetados por crises humanitárias, violência e conflitos.
O mundo está se tornando um lugar mais perigoso para muitas crianças, com uma em cada quatro vivendo atualmente em um país afetado por conflitos ou desastres. Para muitas delas, a vida cotidiana é um pesadelo.
A propagação de doenças transmitidas pela água é uma das maiores ameaças à vida das crianças que vivem em meio a crises. Ataques às infraestruturas de água e saneamento, táticas de cerco que negam seu acesso a água potável, bem como deslocamento forçado para áreas sem infraestrutura, tudo isso deixa crianças e famílias em risco de acessar água contaminada e saneamento inseguro. Meninas e mulheres enfrentam ameaças adicionais, já que muitas vezes desempenham o papel de coletar água para suas famílias em situações perigosas.
“Mais de 117 milhões de pessoas que estão vivendo em situações de emergências não têm acesso a água potável e, em muitos países afetados por conflitos, mais crianças morrem de doenças causadas por água impura e saneamento pobre do que pela violência direta”, disse Fontaine.
“Sem acesso a água potável e saneamento, as crianças ficam doentes e muitas vezes não podem ser tratadas, já que hospitais e centros de saúde não funcionam ou estão superlotados. A ameaça é ainda maior à medida que milhões de crianças enfrentam níveis de desnutrição potencialmente fatais, tornando-as mais suscetíveis a doenças transmitidas pela água, como cólera, criando um círculo vicioso de desnutrição e doença.”
Sendo a principal agência humanitária que trabalha com água, saneamento e higiene em emergências, o UNICEF fornece mais da metade dos serviços de emergência de água, saneamento e higiene em crises humanitárias no mundo.
Quando as catástrofes acontecem, o UNICEF trabalha com parceiros para fornecer rapidamente acesso a água potável, serviços de saneamento e suprimentos de higiene para prevenir a propagação de doenças. Isso inclui o estabelecimento de latrinas, a distribuição de kits de higiene e o transporte de milhares de litros de água para campos de deslocamento diariamente; o apoio a hospitais e centros de tratamento de cólera; e a reparação de sistemas de água e saneamento. Essas medidas salvam vidas, têm impacto a longo prazo e abrem caminho para outros serviços importantes, como clínicas de saúde, programas de vacinação, apoio nutricional e educação de emergência.
O maior componente do apelo do UNICEF neste ano é para crianças e famílias atingidas pelo conflito na Síria, que em breve entra em seu oitavo ano. O UNICEF busca quase 1,3 bilhão bilhão de dólares para apoiar 6,9 milhões de crianças sírias dentro do país e aquelas que vivem como refugiadas em nações vizinhas.
Trabalhando com parceiros e com o apoio de doadores, em 2018, o UNICEF pretende providenciar para 35,7 milhões de pessoas o acesso a água potável; alcançar 8,9 milhões de crianças com educação básica formal ou não formal; imunizar 10 milhões de crianças contra o sarampo; fornecer apoio psicossocial a mais de 3,9 milhões; tratar 4,2 milhões com desnutrição aguda grave.
Nos primeiros dez meses de 2017, como resultado do apoio do UNICEF, 29,9 milhões de pessoas tiveram acesso a água potável; 13,6 milhões de crianças foram vacinadas contra o sarampo; 5,5 milhões de crianças tiveram acesso a alguma forma de educação; 2,5 milhões de crianças receberam tratamento para desnutrição aguda grave;
2,8 milhões de crianças tiveram apoio psicossocial.
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