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sábado, 18 de dezembro de 2021

Plataforma Refugiados Empreendedores chega aos 100 participantes e lança catálogo de Natal

Plataforma criada há quase um ano pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Rede Brasil do Pacto Global completou 100 refugiados empreendedores cadastrados.

Além de contar um pouco da história do negócio e do empreendedor, a iniciativa busca divulgar os serviços por meio das redes sociais e incentivar a inclusão de empreendimentos liderados por refugiados nas cadeias de produção.

Aproveitando as festas de fim de ano, a plataforma lançou um catálogo de natal, divulgando alguns dos empreendimentos cadastrados e sugerindo presentes criativos, de qualidade e muitas vezes customizados.

Legenda: A empreendedora venezuelana Daniella é formada em pedagogia, com especialização nas áreas de geografia e história, era professora e coordenadora de uma escola em Caracas
Foto: © Dan Magatti/ACNUR

Há pouco menos de um ano do seu lançamento, a Plataforma Refugiados Empreendedores – uma iniciativa da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e da Rede Brasil do Pacto Global – chegou à marca de 100 participantes nesta semana. Cada um representa um empreendimento liderado por uma pessoa refugiada e, além de contar um pouco da história do negócio e do empreendedor, busca divulgar os serviços por meio das redes sociais e incentivar a inclusão de empreendimentos liderados por refugiados nas cadeias de produção.

A centésima empreendedora a ser adicionada na plataforma foi a artesã Fernanda, natural da Venezuela e que atualmente vive em Campina Grande do Sul, no Paraná. Ela conta que o motivo do seu deslocamento foram as condições políticas e econômicas da Venezuela, e se surpreendeu com a boa recepção dos brasileiros à sua família. Por meio do empreendimento Isafers Tejidos, Fernanda comercializa peças em crochê – atividade que pratica desde os 14 anos. Entre os produtos oferecidos pela talentosa empreendedora estão sapatinhos, gorros e vestidos de bebê, além de outras peças de vestuário, acessórios e itens de decoração para casa.

Perfil dos refugiados empreendedores - Dos empreendimentos cadastrados na plataforma, 55% são liderados por mulheres, 29% por homens e 16% são de casais ou de grupos de empresários. Destacam-se os empreendedores venezuelanos, que representam 67% do total, seguidos dos sírios, que respondem por 14% dos cases da plataforma, que reúne empresários de 13 diferentes nacionalidades.

“Os empreendimentos liderados por pessoas refugiadas são diversos tanto em sua composição como também nos segmentos e regiões de atuação. Além de gerarem renda para o sustento de suas próprias famílias, tais empreendimentos dinamizam as economias locais e contribuem com outros setores que se integram nas cadeias dos negócios, como os fornecedores, os serviços de entrega, serviços financeiros e outros”, afirma o oficial de Meios de Vida e Inclusão Econômica do ACNUR, Paulo Sérgio Almeida.

Os negócios divulgados pela plataforma estão espalhados por todo o Brasil: estão presentes em 27 municípios, distribuídos pelas cinco regiões brasileiras. A maioria dos empreendimentos se concentra em São Paulo/SP (27%), seguido por Boa Vista/RR (16%) e Manaus/AM (12%).

Também são diversos os setores de atuação dos empreendimentos: desde gastronomia, passando por estética e beleza, estamparia, artesanato e também marcenaria, os nichos exploradores pelos refugiados empreendedores são diversos e, muitas vezes, inovadores. A maior parte dos empreendimentos listados oferece produtos no segmento de alimentação e gastronomia (61%), seguido de artesanato (10%) e moda (6%).

“A pandemia também afetou as pessoas deslocadas à força de seus países, gerando contextos de vulnerabilidade socioeconômica. O empreendedorismo representa uma possibilidade para a integração, e uma estratégia para as pessoas refugiadas garantirem a sua subsistência no longo prazo com dignidade”, afirma a diretora de Impacto na Rede Brasil do Pacto Global, Camila Valverde.

Catálogo de natal - Além da marca dos 100 empreendimentos na plataforma, o ACNUR aproveitou a proximidade do Natal para lançar um catálogo divulgando alguns dos empreendimentos da plataforma e sugerindo presentes criativos, de qualidade e muitas vezes customizados.

Entre os itens encontrados no catálogo estão bolsas ecobags pintadas à mão produzidas por uma empreendedora venezuelana que vive em Boa Vista, perfumes artesanais e exclusivos elaborados por um refugiado sírio que mora em São Paulo e canecas customizadas, com estampas escolhidas pelo cliente, feitas por um empreendedor venezuelano, atualmente radicado em Brasília. Grande parte dos produtos do catálogo pode ser entregue para todo o Brasil.

“Estar na Plataforma Refugiados Empreendedores é uma forma de assegurar que nossos serviços têm qualidade, pois temos experiências diversas e gostamos do que fazemos. É uma forma de assegurar que somos capazes de nos reinventar e que estamos contribuindo para o desenvolvimento deste lindo país que nos acolhe com dignidade”, afirma Yilmary de Perdomo, refugiada da Venezuela que empreende em São Paulo no segmento de gastronomia.

A Plataforma Refugiados Empreendedores é uma iniciativa do ACNUR e da Rede Brasil do Pacto Global e conta o apoio do SEBRAE Nacional, Aliança Empreendedora, Migraflix, IFC (organização do Grupo Banco Mundial), Instituto Rede Mulher Empreendedora, Facebook, EY, Instituto Lojas Renner, Unidas e Estados Unidos.

Acesse o site do ACNUR para conhecer mais números da plataforma.

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