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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Falta de equipamento e capacitação são desafios para missões de paz, afirma chefe de operações da ONU

Em balanço sobre a atuação das missões de paz da ONU em 2017, o subsecretário-geral das Nações Unidas, Jean-Pierre Lacroix, alertou para os desafios que soldados sob a bandeira das Nações Unidas enfrentaram. Entre os problemas está a falta de equipamentos e de capacitação técnica dos oficiais. No ano passado, mais de 60 capacetes-azuis perderam suas vidas em serviço.
Oficiais da MINUSTAH, a missão de paz da ONU no Haiti, entregam materiais para a realização das eleições no país. Foto de janeiro de 2017. Foto: ONU/Logan Abassi
Em balanço sobre a atuação das missões de paz da ONU em 2017, o subsecretário-geral das Nações Unidas, Jean-Pierre Lacroix, alertou para os desafios que soldados sob a bandeira das Nações Unidas enfrentaram. Entre os problemas, está a falta de equipamentos e de capacitação técnica dos oficiais. No ano passado, mais de 60 capacetes-azuis perderam suas vidas em serviço.
Em entrevista ao centro de notícias da ONU em Nova Iorque, Lacroix defendeu que “muitas vidas foram salvas” por causa das ações de militares atuando em missões da ONU, sobretudo na República Centro-Africana, na República Democrática do Congo, no Mali e no Sudão do Sul. “Nós de fato protegemos civis todos os dias. Nós salvamos vidas todos os dias. E o fazemos frequentemente sob circunstâncias muito difíceis e estressantes.”
Uma das lacunas identificadas na atuação das missões de paz é a falta de equipamentos de ponta e também de profissionais mais bem capacitados, com qualificação para operar tecnologias modernas de coleta de informações e reconhecimento do terreno. Isso inclui o uso de drones, radares e balões cativos.
Segundo o chefe do Departamento de Apoio de Campo da ONU, Atul Khare, a ONU também planeja adquirir ou solicitar, sob a forma de empréstimo junto aos Estados-membros, equipamentos relacionados a segurança, habitação, veículos e comunicação, entre outras áreas.
No Mali, por exemplo, um em cada quatro hospitais militares está sem equipe ou equipamento. Na República Centro-Africana, o índice aumenta para um em cada três. Outro problema está na distância que separa os oficiais da ONU e as comunidades onde atuam. De acordo com Khare, em algumas áreas, a ONU precisa de mais soldados francófonos.
“Temos de fazer ainda mais no que tange à prevenção e mitigação de risco ao buscar proteger nossos colegas. Garantir a segurança do pessoal alocado em contextos instáveis é uma necessidade absoluta”, disse.
Sobre as previsões de reformas já anunciadas pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, Lacroix afirmou que 2018 será o ano de implementar as mudanças em vista, o que, segundo ele, terá consequências particularmente importantes para quem atua no terreno. De acordo com o chefe de operações de paz da ONU, militares precisam estar informados e ser empoderados para agir. “Aproximamo-nos de 2018 com esperança”, completou.
Khare acrescentou que novos parâmetros de gestão terão por meta “garantir que estejamos mais sólidos na prevenção, mais ágeis na mediação e mais velozes, eficazes e economicamente eficientes em nossas operações”.

Abuso sexual

A nova estratégia da ONU para enfrentar o abuso sexual cometido por soldados de suas missões pressiona governos a investigar e responsabilizar os autores de quaisquer violações. Ao longo do ano passado, 17 países fizeram doações voluntárias, somando cerca de 1,8 milhão de dólares, para o fundo fiduciário das Nações Unidas que mobiliza recursos para o atendimento médico, legal, psicossocial e socioeconômico às vítimas de exploração sexual.
Também em 2017, Guterres nomeou a advogada australiana Jane Connors como a primeira defensora das Nações Unidas para os direitos das vítimas de exploração sexual e abuso.
Ainda no último ano, mais de 90 países declararam apoio ao Pacto Voluntário do secretário-geral da ONU sobre Prevenção e Enfrentamento do Abuso e Exploração Sexuais, um compromisso com a política de tolerância zero da ONU para com esse tipo de violação.
“Podemos ver que as informações sobre alegações chegam (a público e partes interessadas) com menos obstáculos do que antes”, avaliou Lacroix. “Ao mesmo tempo, precisamos fazer mais para implementar plenamente essa política e é necessária uma forte sensibilização em todos os níveis.”
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