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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

A história da escravidão e os 130 anos da Lei Áurea serão destaque no carnaval do Rio de Janeiro

A escravidão na história da Humanidade será mostrada no carnaval do Rio de Janeiro, pela Paraíso do Tuiuti. A escola de samba vai propor uma reflexão sobre os 130 anos da Lei Áurea e como a escravidão ainda permanece nos dias atuais. Confira nesse vídeo especial do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio).
A escravidão na história da Humanidade será mostrada no carnaval do Rio de Janeiro, pela Paraíso do Tuiuti. A escola de samba vai propor uma reflexão sobre os 130 anos da Lei Áurea e como a escravidão ainda permanece nos dias atuais.
Segundo pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Fundação Walk Free, em parceria com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 40 milhões de pessoas foram vítimas da escravidão moderna em 2016. O estudo lançado em setembro do ano passado, indica que 152 milhões de crianças entre 5 e 17 anos foram submetidas ao trabalho infantil no mesmo ano.
“Começamos o desfile lembrando a exploração do trabalho realizado por civilizações antigas para mostrar que isso é um mau hábito da humanidade desde muito tempo. Depois, vamos para a África, para falar do Tráfico Transatlântico e, aí, abordamos a exploração nas culturas da cana-de-açúcar, café e mineração aqui no Brasil”, detalhou ao Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) o carnavalesco Jack Vasconcelos.
O tema que a escola escolheu para 2018 dialoga com a Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024), reconhecido pela comunidade internacional como grupo distinto cujos direitos humanos precisam ser promovidos e protegidos.
Jack conta que o grande momento da apresentação no Sambódromo – a escola será a quarta a desfilar no domingo, dia 11 de fevereiro – será a assinatura da Lei Áurea, que há 130 anos aboliu a escravidão no Brasil. O país foi o último território nas Américas a proibir o comércio de africanos escravizados.
“Lembramos que uma simples assinatura não resolveu nada. Pensar sobre isso é importante para compreender muito do que a gente passa hoje”, destacou o carnavalesco.
Membro do grupo de compositores, Dona Zezé ajudou a escrever o samba-enredo com o ponto de vista de quem vivencia na pele alguns resquícios da escravidão de seus ascendentes.
“Por sermos negros, temos certa dificuldade no ambiente social. Você pode ser formado, mas é sempre excluído. A escravidão social é algo do qual não nos liberamos. Ninguém vive os mesmos direitos sociais”, desabafa a compositora.
Jack acredita que falar sobre esse momento da história do Brasil é importante, mas a reflexão que a escola propõe vai muito além.
“Estamos falando de um sistema, de um conceito de exploração do trabalho que permanece até hoje. Precisamos quebrar essa corrente.”
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