quarta-feira, 10 de abril de 2013
O PRIMEIRO AMOR
O que é o primeiro amor a que o Senhor Jesus se refere nesta
mensagem? É um fogo em nosso íntimo, de grande intensidade, e que coloca
Jesus acima de todas as outras coisas. Isto foi bem exemplificado em
uma parábola de Cristo:
“O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual
certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai,
vende tudo o que tem e compra aquele campo.” (Mateus 13.44)
O Senhor fala de alguém que, além de transbordar de alegria por ter
encontrado o Reino de Deus ainda se dispõe a abrir mão de tudo o que tem
para desfrutar de seu achado. Estas duas características são evidentes
na vida de quem tem um encontro real com Jesus.
Esta alegria inicial foi mencionada por Jesus na parábola do
semeador. O problema é que alguns cristãos permitem que ela desapareça
diante de algumas provas:
“O que foi semeado em solo rochoso, esse é o que ouve a palavra e a
recebe logo, com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, sendo, antes, de
pouca duração; em lhe chegando a angústia ou a perseguição por causa da
palavra, logo se escandaliza.” (Mateus 13.20-21)
Outros cristãos, por sua vez, mesmo em face das mais duras provações, ainda permanecem transbordantes desta alegria:
“Chamando os apóstolos, açoitaram-nos e, ordenando-lhes que não
falassem em o nome de Jesus, os soltaram. E eles se retiraram do
Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer
afrontas por esse Nome.” (Atos 5.40,41)
O primeiro amor é aquele primeiro momento de relacionamento com
Cristo em que todo o nosso ser devota a Ele. Abrimos mão de tudo por
causa deJesus:
“O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra.” (Mateus 13.45,46)
O Reino de Deus passa a ser prioridade absoluta. É quando amamos a
Deus de todo nosso coração e alma, com todas as nossas forças e
entendimento. Este primeio amor nos leva a viver intensamente a fé. Foi
asim desde o início da era cristã:
“Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um
acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas. E perseveravam na
doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em
cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por
intermédio dos apóstolos. Todos os que creram estavam juntos e tinham
tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o
produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente
perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam
as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e
contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes
o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.” (Atos 2.41-47)
Os relatos de Atos dos Apóstolos nos revelam uma Igreja viva, cheia de paixão e fervor:
“Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente
sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Com
grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor
Jesus, e em todos eles h
avia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade.” (Atos 4.32-35)
avia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade.” (Atos 4.32-35)
Este amor nos leva a praticar a buscar intensamente ao Senhor e
também a trabalhar (Jesus o relacionou com “obras” quando disse a Pedro
que se ele O amava devia pastorear Seu rebanho – Jo 21.15-18).
O apóstolo Paulo falou que o amor de Cristo (ou o entendimento da
profundidade deste amor) nos constrange a não mais viver para nós mas
para ele:
“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu
por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que
vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles
morreu e ressuscitou.” (2 Coríntios 5.14,15)
Foi este constrangimento de amor que levou o apóstolo Paulo a trabalhar mais do que os demais apóstolos:
“Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi
concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos
eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.” (1 Coríntios 15.10)
Assim também se dá conosco hoje. O primeiro amor é uma profunda
resposta ao entendimento do amor de Cristo, que nos leva a buscar e
servir ao Senhor com intensidade e paixão.