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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Do delírio na USP à fala de quem quis explodir quartéis

Por que o professor Lobo Gualazzi e o deputado Jair Bolsonaro não passam de insignificâncias às quais a mídia quer dar destaque…
Por Bob Fernandes, em seu blog
O cotidiano da política pode esperar. O tema ainda é o golpe de Estado de 64, e a ditadura imposta há 50 anos.
Cena 1. Terça-feira, 1º/4. Faculdade de Direito do Largo de S. Francisco, São Paulo. A pretexto de dar aula, o professor Eduardo Lobo Gualazzi, decide bater sua “continência a 1964”. (veja vídeo)
Em texto, o professor lembra ter apoiado o golpe aos 17 anos. Diz ele que em nome do “aristocratismo, burguesismo, direitismo, capitalismo, música erudita…”, e por ai afora. Lobo cita o “holocausto vermelho” e a “peste rubra que assola o país”. É direito dele delirar. E isso no mesmo dia em que a S. Francisco descerrava uma placa ensinando:
– Ditadura nunca mais, Estado de Direito sempre.
Anunciada pelo professor, segundo alunos, a provocação teve reação. Que obedeceu à terceira Lei de Newton: a toda ação há sempre reação oposta e de igual intensidade.
Alunos encenaram um auto de tortura à entrada da sala de aula. Em seguida, invadiram a incontinência de Lobo Gualazzi. Discute-se quem teria mais ou menos razão. Talvez seja mais importante perguntar: como um professor de Direito, na São Francisco, ainda defende um golpe de Estado e ditadura?
Cena 2. Sala de aula, nesta quarta, 2/4, em São Paulo. A faculdade de Direito da Fundação Getúlio Vargas promove um debate. Com três ex-ministros da Justiça, professores, alunos e convidados. Uma emocionante aula de história. Com testemunhos do que foi a tortura tornada política de Estado. Nem o mais alienado dos alunos deixou de prestar atenção.
Em Brasília, outras duas cenas. A pedido da Comissão da Verdade, as Forças Armadas anunciam: vão investigar suas instalações onde se deram torturas e mortes…. A conferir.
Outra cena: o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) não consegue dizer o que queria dizer; diria o de sempre, em defesa da ditadura e da tortura. Não disse por que o Congresso lhe deu, literalmente, as costas. (confira o vídeo). Entende-se a recusa. Mas, se Bolsonaro falasse, da mesma tribuna se poderia dizer a esse personagem o que ele realmente é. O que ele significa e encarna.
Em 1987, a revista Veja relatou: Bolsonaro planejava explodir bombas na Vila Militar e na Academia de Agulhas Negras…E isso para obter melhores salários. A valer o ideário de Bolsonaro, esse seria um ato terrorista, a ser punido até com tortura e morte. Como já se vivia uma democracia, Bolsonaro foi à justiça, escapou de punição e hoje é deputado. Na democracia, Bolsonaro pode hoje desfiar seu bestialógico, repetir tese que carece de inteligência básica.
Segundo tal tese, golpe e a ditadura se fizeram para, supostamente… impedir um golpe e uma ditadura. Por 21 anos, infantilização da sociedade, tortura e morte, e censura pelo caminho. Ditadura em nome de muitos interesses, também dos medos e delírios de gente como o professor Lobo. E para o prazer indisfarçável de trogloditas e oportunistas como Bolsonaro.
FONTE: https://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outras-midias/do-delirio-na-usp-a-fala-de-quem-quis-explodir-quarteis/
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