sexta-feira, 20 de março de 2015
Relatório entrevistou mais de cem pessoas que testemunharam ou sobreviveram a ataques no Iraque. Entre as violações estão assassinatos, tortura, estupro e escravidão sexual, conversões religiosas forçadas e recrutamento forçado de crianças.
Um relatório divulgado nesta
quinta-feira (19) pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas diz que o
Estado Islâmico no Iraque e o Levante (ISIL, ou EI) pode ter cometido
genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade em seus ataques contra
grupos étnicos e religiosos no Iraque.
O compilado elaborado por
investigadores enviados para a região no ano passado pelo Alto Comissariado da
ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH) entrevistou mais de cem pessoas que
testemunharam ou sobreviveram a ataques no Iraque, entre junho de 2014 e
fevereiro de 2015.
O relatório destaca violações
incluindo assassinatos, tortura, estupro e escravidão sexual, conversões
religiosas forçadas e recrutamento forçado de crianças.
Violações promovidas pelas Forças
de Segurança iraquianas e milícias associadas também são destacadas no
relatório, incluindo assassinatos, torturas e sequestros, com alguns incidentes
apontando, pelo menos, a uma falha por parte do governo de proteger as pessoas
sob sua jurisdição.
O relatório também solicita que o
Conselho de Direitos Humanos peça ao Conselho de Segurança da ONU que encaminhe
o caso ao Tribunal Penal Internacional (TPI).